Saiba como carregar um elétrico de forma cómoda e acessível com a ajuda da Help Flash

Saiba como carregar um elétrico de forma cómoda e acessível com a ajuda da Help Flash

Com o advento e crescente democratização dos veículos elétricos, sejam eles automóveis, motociclos ou camiões, começaram a surgir questões sobre a segurança dos carregamentos e, acima de tudo, sobre a facilidade do processo e a disponibilidade da rede de carregamento. Neste artigo, a Help Flash irá, de uma forma sucinta, desmitificar alguns mitos e explicar as diferentes soluções existentes.

Em casa

A forma mais simples e prática de carregar um automóvel 100% elétrico ou até os chamados híbridos plug-in (veículos que combinam um motor de combustão com um ou mais elétricos alimentados por uma bateria) é fazê-lo em casa, numa vulgar tomada doméstica (Schuko).

No entanto, e como será fácil de depreender, os tempos de carregamento serão, necessariamente, longos. Não se esqueça que as tomadas domésticas carregam em média a 10 Amperes, o que obriga a 6 a 8 horas de carregamento para obter o equivalente a 100 quilómetros de autonomia.

Se num híbrido plug-in, que percorre em média 60 a 80 km em modo EV, é perfeitamente possível repor a carga durante a noite, já num automóvel 100% elétrico, com baterias acima dos 40 kWh, este período de imobilização noturna poderá já não ser suficiente.

Qual é a melhor solução para efetuar carregamentos domésticos?

A melhor maneira é instalar uma chamada Wallbox. Estas são, normalmente, de 3,7 kW ou de 7,4 kW (type 1). Para proceder à instalação de um carregador de 11 kW ou 22 kW, o contador de energia doméstico já deve ser trifásico e com uma potência superior à do carregador.

Ou seja, se instalar em casa uma Wallbox de 3,7 kW, a potência contratada terá de ser de 4,6 kVA / 5,75 kVA no mínimo. Já para a Wallbox de 7,4 kW, a potência contratada deverá ser de 10,35 kVA monofásico; as Wallbox de 11 kW e 22 kW, obrigam a contratar potências de 13,8 e 27,60 kVA trifásico.

Convém sempre ter em atenção que a solução doméstica escolhida terá de ter sempre em atenção o veículo que pretende carregar. Se este apenas tiver a capacidade de carregar a 7,4 kW (type 1) não vale a pena adquirir uma Wallbox a 11 kW – já que a velocidade de carregamento não irá ser superior por ter uma zona de carregamento capaz de debitar mais potência.

Fora de casa

Se optar por carregar num posto público, terá de ter um cartão com tecnologia RFID, associado a um CEME – Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica. Na prática, todas (ou quase) as empresas normais de comercialização de energia dispõem de soluções deste tipo, mas também algumas marcas automóveis e até outras entidades.

Em Portugal, a rede de pagamento e o acesso aos carregadores está normalizado e seja qual for o cartão de que disponha, este será aceite em todos os postos. A exceção são os carregadores da Tesla que, em Portugal, ainda não estão acessíveis aos restantes veículos elétricos.

Existem diferentes tipos de postos de carregamento, sendo que a potência de carregamento também é díspar. Os postos de carregamento normais são todos os que permitam o carregamento de um veículo elétrico, na via pública ou em espaços privados, até 22 kW.

A rede de postos disponível em Portugal, pode ser consultada através de várias APPs para telemóvel, como a da Miio ou a do ACP, por exemplo. É possível ainda consultar o tipo de fichas (se são tipo 1 ou tipo 2/Mennekes), a sua disponibilidade e o operador de cada posto.

Cada vez mais em voga, até pela rapidez que oferecem, são os chamados postos de carregamento rápidos. Estes carregam em corrente contínua e têm dois tipos de ficha: CHAdeMO ou CCS Combo. Há postos que permitem carregamentos em DC e AC e, neste caso, existe uma terceira ficha Tipo 2 (Mennekes). Os postos de carregamento rápidos mais usuais têm uma potência de carregamento de 50 kW, mas há uma tendência generalizada para subir a potência destes e já há carregadores rápidos com capacidade de carregar a 150 kW.

E a Tesla? Bem, o construtor norte-americano tem uma solução própria: uma rede de estações de carregamento rápido, por todo o mundo, onde somente os veículos da marca podem carregar. Estas estações, chamadas de SuC – Tesla Super Chargers, dispõem de postos que possibilitam o carregamento até 150 kWh.

De realçar que, para além da rede de Super Carregadores, a Tesla também tem postos (Tesla Destination Chargers) que disponibilizam uma tomada de carregamento exclusiva para os veículos Tesla e uma outra tomada (Tipo 2/Mennekes) para os restantes veículos elétricos. Os equipamentos desta rede podem ser encontrados em locais públicos ou em espaços privados de acesso público como parques de estabelecimentos de restauração ou hoteleiros.

Tempos de carregamento variam muito

O cálculo do tempo necessário ao carregamento de veículo elétrico é relativamente fácil de fazer. Este pode ser feito dividindo a capacidade da bateria pela potência de carregamento. Tempo de carregamento (horas) = capacidade da bateria (kWh) / potência do carregamento (kW). Por exemplo, um automóvel elétrico com bateria de 40 kWh, com uma potência de carregamento de 3,7 kW, levará em torno de 11 horas para ficar com a bateria totalmente carregada.

No entanto, convém ter em atenção que os tempos de carregamento não dependem apenas do veículo, do posto ou do tipo de tomada. Há outros fatores que podem influenciar a velocidade de carregamento de um automóvel elétrico, por exemplo. A temperatura a que estão as baterias e até a carga que as mesmas apresentam na altura do carregamento podem fazer variar a eficiência e velocidade dos mesmos.

Neste momento, alguns construtores automóveis já incluem funções adstritas ao sistema de navegação que preveem o tempo de chegada ao posto de carregamento e gerem a temperatura das baterias de forma que estas estejam preparadas para iniciar o carregamento. Além disso, a velocidade de carregamento não é linear, já que os últimos 20% (dos 80% para cima) são muito mais lentos, solução adotada com o intuito de otimizar o desempenho da bateria e prolongar sua vida útil.

Uma solução comprovada

Na Help Flash simplificámos o processo ao mínimo e adotámos uma solução ainda mais fiável: uma vulgar pilha de 9V. Esta solução tem a vantagem de ser fácil de substituir, não estar dependente de carregamento (a maioria das avarias em automóveis são provocadas por problemas elétricos) e de ter uma vida útil que pode superar os 36 meses. E se não sabe se está na altura de substituir a pilha do seu Help Flash, este tem uma função de indicação do estado da mesma.