A fascinante história do sinal de trânsito mais antigo de Portugal

A fascinante história do sinal de trânsito mais antigo de Portugal

Na pitoresca Alfama, em Lisboa, encontra-se um vestígio fascinante da história da circulação rodoviária: o mais antigo sinal de trânsito de Portugal. Esta placa de mármore, instalada em 1686 por ordem do Rei D. Pedro II, foi uma tentativa pioneira de regulamentar o tráfego numa época em que as ruas da cidade eram caóticas e, frequentemente, palco de disputas violentas.

No século XVII, Lisboa era uma cidade em ebulição. As estreitas ruas de Alfama eram atravessadas por coches e liteiras que transportavam nobres e comerciantes, por entre uma multidão de peões. A falta de regras claras para a circulação destes veículos resultava em desentendimentos frequentes e até violência entre cocheiros, que encetavam lutas e duelos. Reconhecendo a necessidade de ordem, D. Pedro II mandou instalar 24 sinais de trânsito em pontos estratégicos da cidade, que instruíam os condutores sobre quem deveria ceder passagem.

Na placa situada na Rua do Salvador, em Alfama, pode ler-se o seguinte: “Ano de 1686. Sua Majestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte”. Ou seja, quem viesse de cima perdia a prioridade em relação a quem subisse, especificando três tipos de veículos da época (respetivamente, com quatro rodas, com duas, e sem nenhuma).

Esta simples instrução teve um impacto significativo na organização do trânsito da época, prevenindo colisões e garantindo uma circulação mais ordenada. Além disso, os cocheiros, lacaios ou liteiros foram expressamente proibidos de usar adagas, bordões ou qualquer arma que pudesse ser utilizada numa discussão de trânsito. Quemdesobedecesse pagaria 2 mil cruzados de multa e corria o risco de ser exilado para o Brasil!

Um pouco por todo o mundo é possível encontrar vestígios de sinais de trânsito primordiais, como as Cruzes de Eleanor, em Inglaterra, um conjunto de 12 monumentos de pedra mandados erigir em 1291 pelo Rei Eduardo I, para sinalizar o caminho do cortejo fúnebre da mulher, a Rainha Eleonor. E há mais de 2.000 anos, os Romanos já usavam marcos miliários para informar as distâncias entre vários locais, permitindo aos viajantes controlar melhor o andamento ao longo do caminho.

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