Sabia que os capacetes têm prazo de validade e devem estar devidamente homologados? E que têm diferentes tamanhos e podem ser construídos em diversos materiais? Sem descurar outros elementos de segurança, como as luvas ou um bom blusão de proteção, escolher um capacete adequado à sua morfologia e às condições de utilização é fundamental para garantir a sua segurança em casa de queda ou impacto. E já agora, não se esqueça de levar consigo o Help Flash, o único dispositivo de sinalização magnético especificamente concebido para o efeito e que até pode transportar facilmente no bolso do blusão.
Tipos de capacete
Já deve ter reparado que há capacetes de diferentes configurações e feitios, mas… qual será o melhor para si e para o tipo de utilização que pretende? Comecemos por diferenciar os três principais tipos de capacete:
Jet: Liberdade (quase) total
O capacete jet é conhecido pela sua sensação de liberdade e de proximidade com o que o rodeia. Com um design aberto (embora possa ter viseira), é ideal para passeios urbanos ou viagens curtas a baixa velocidade. No entanto, é importante notar que oferece menos proteção (em especial na zona da face e do queixo) em comparação com outros tipos de capacete.
Integral: Segurança e conforto
Para aqueles que priorizam a segurança, o capacete integral é a escolha certa. Completamente fechado, proporciona proteção total ao rosto e à cabeça. É a opção de muitos motociclistas pelo elevado nível de segurança e o conforto acústico e térmico que garante.
Modular: O melhor dos dois mundos
O capacete modular tenta combinar o melhor dos dois mundos. Com uma articulação na parte lateral que permite levantar a queixeira, pode transformar-se num capacete integral ou num jet, oferecendo uma acrescida versatilidade. No entanto, é importante escolher um modelo de qualidade para garantir a segurança do sistema de abertura/fecho da queixeira em caso de queda.
Homologação
Todos os capacetes à venda devem respeitar as normas europeias de homologação. Importa saber que os diferentes países têm um código nacional específico, que, no caso de Portugal, é o E21. A partir de 2023, a anterior norma de homologação ECE 22.05 deu lugar à nova ECE 22.06, muito mais exigente em termos de testes e segurança.
Materiais e prazo de validade
O tipo de material utilizado na construção influencia o preço e, naturalmente, um capacete de carbono ou kevlar não custa o mesmo de um de polímero ABS (plástico reforçado). Também existem capacetes feitos em policarbonato, um material mais usado em viseiras, mas que também pode reforçar a calota exterior do capacete.
Já o interior, é tradicionalmente composto por uma espuma ou um material que absorva os impactos e isole do frio e do calor (muitas vezes é uma espécie de esferovite ou EPS), além de um forro. Este é feito num tecido sintético e deve ser removível e lavável.
Um dado muitas vezes desconhecido é que os capacetes se deterioram com a passagem do tempo, mesmo que estejam guardados. Dependendo da utilização e da forma como o armazena, um bom capacete dura, em média, cerca de 5 anos.
Mas convém estar atento às alterações da calota interior, ao desgaste do forro ou a marcas de impactos na calota exterior.
E sim, se o capacete sofrer uma queda convém trocá-lo, mesmo que aparentemente esteja em bom estado. Há danos que podem não ser visíveis ou zonas deformadas que afetem o seu desempenho. E com a segurança não se arrisca...
Tamanhos e ajustes
Experimente sempre
- Ao escolher um capacete, experimente diferentes tamanhos para encontrar o ajuste perfeito. Para acelerar o processo, pode medir previamente o diâmetro da cabeça passando uma fita métrica, passando-a por cima das sobrancelhas e das orelhas. Habitualmente, num adulto, os tamanhos ficam entre os 56 cm e os 62 cm. Lembre-se que o capacete não deve ficar muito apertado, já que pode causar desconforto, nem muito largo, o que compromete a segurança.
Fixação no pescoço
Existem dois tipos principais de fixação do capacete ao pescoço:
- O sistema de correia com argolas em duplo D é muito utilizado e bastante seguro, mas pode ser menos prático para utilizadores inexperientes ou quando se têm as luvas colocadas.
- O sistema de fecho micrométrico é simples de utilizar e recorre a uma alavanca de libertação que o torna quase à prova de aberturas acidentais.